Atletismo para Deficiente Visual

1



A iniciação esportiva no atletismo adaptado tem como objetivo levar a criança ao aprendizado de
técnicas motoras básicas pertinentes à modalidade esportiva, sendo que as atividades são as mesmas
desenvolvidas nas aulas regulares, tornando-se necessária a atenção às adaptações condizentes à necessidade da criança e suas características.
A iniciação prática do esporte, além de ampliar o referencial psicomotor do aluno, visa também a
prepará-lo para a prática da competição no contexto escolar.“Considerando a prática esportiva como
um elemento talvez insubstituível para o desenvolvimento e aquisição de experiências e habilidades
motoras de crianças, desde que não seja considerada como um fim em si mesma, e sim um meio de
contribuição na formação integral da pessoa humana”. (CORSEUIL e PRERES, 2000, p.176).

I) Atletismo - Prova de Corrida - Deficiente Visual 




O atletismo para deficientes visuais é constituído por todas as provas que compõem as regras oficiais da Federação Internacional de Atletismo (IAAF),    a saber corrida rasa, saltos e arremessos e lançamentos.
As provas são divididas por grau de deficiência visual (B1, B2 e B3) e as regras são adaptadas para os atletas B1 e B2.
É permitido o uso de sinais sonoros e de um guia, que corre junto com o competidor para orientá-lo. Eles são unidos por uma corda presa às mãos, e o atleta deve estar sempre à frente.
 As modalidades para os competidores B3 seguem as mesmas regras do atletismo regular. 
Classificação funcional
  •  B1 - Desde a ausência total de percepção de luz em ambos os olhos até percepção luminosa sem a capacidade de reconhecimento da forma de uma mão, a qualquer distância. ( B1 – Cego Com ou sem percepção luminosa)
  • B2 - Desde a capacidade de reconhecer a forma de uma mão até a acuidade de 2/60 e/ou um campo visual inferior a cinco graus. ( B2 – Baixa Visão AV   2/60 ou CV 5º)
  • B3 - Desde uma acuidade visual superior 2/60 até uma acuidade visual 6/60 e/ou campo visual superior a cinco graus e inferior a 20 graus. (B3 – Baixa Visão AV  entre 2/60 e 6/60 ou CV entre 5º e 20 º)


Perfil do Deficiente visual




  

A pessoa com deficiência visual apresenta locomoção insegura, pouco controle e pouca consciência corporal, problemas posturais e insegurança (Seaman & De Pauw, 1982) o que pode gerar comprometimento do equilíbrio (estático), coordenação, agilidade, controle corporal e postura 
(Adams et al., 1985). O esporte pode ser uma ferramenta para minimizar estes problemas.



Iniciação ao Esporte



Estratégias a serem utilizados pelo professor:


  • Reconhecimento das áreas, implementos a serem utilizados nas aulas.
  • Uso de pistas ambientais.                                                                                          Exemplo: o vento por uma janela ou porta, corredor, uma fonte sonora, um ponto constante, odor característico, textura do solo e paredes.É fundamental o reconhecimento dos alunos pelos seus respectivos nomes, pois assume papel importante na segurança, além da questão afetiva.
  • .Formação de turmas para o desporto coletivo.
  • Evitar locais com muitos estímulos sonoros.
  • Trabalhos em duplas                                                                                                .Atividades em grupos como formação de roda com as mãos dadas ou com utilização de corda, formação de colunas para jogos de estafetas e com teste com adaptações. Enfatizar higiene pessoal.
O professor deve buscar informações relativas ao histórico médico, social, familiar, psicológico e acadêmico de seu aluno portador de deficiência visual.
A educação física e o treinamento desportivo devem ser encorajados, mas administrados em conformidade com o nível de desenvolvimento e de idade.
 


Modelo de avaliação

Modelo de reconhecimento na busca de talento para crianças até 12 anos, tendo como base a classe de rendimento III da Federação Alemã de Atletismo (RDA).
ProvaRendimento Médio em torno de:
Fem. Masc.
Rendimento Bom abaixo de:
Fem. Masc.
60 metros
10/12 anos
11.2s 10.8s
10.9s 10.6s
9.0s 8.5s
ProvaRendimento médio em torno de:
Fem. Masc.
Rendimento bom acima de:
Fem. Masc.
Salto em distância
10/12 anos
2.67m 3.04 m
2.84m 3.12 m
3.20m 3.80m
ProvaRendimento médio em torno de:
Fem. Masc.
Rendimento Bom acima de:
Fem. Masc.
Salto em altura
10/12anos
0.80m 0.88 m
0.84m 0.92 m
1.05m 1.15m
ProvaRendimento médio em torno de:
Fem. Masc.
Rendimento bom acima de:
Fem. Masc.
Lançamento de pelota
10/12 anos
19m 31m
22m 34m
30m 50m
ProvaRendimento médio em torno de:
Fem. Masc.
Rendimento bom acima de:
Fem. Masc.
Arremesso do peso
10/12 anos
4.50m 5.50m
5.00m 6.00m
(Peso de 3 kg)
6.00m 7.50m
(3 kg) (4kg)

Atividades de Atletismo para deficientes visuais




Corridas


  • Reconhecimento do espaço
O primeiro passo para uma aula de corrida é o reconhecimento do espaço, tanto para o aluno cego como para o de baixa visão, conhecendo as dimensões (largura e comprimento), encontrando os obstáculos e reconhecendo referências para orientação espacial (canalização do vento e/ou direção, sons, cheiros ou luz em determinados pontos), recebendo todas as orientações e informações quanto ao local a ser utilizado, explorando o ambiente e criando um mapa mental de onde será feita a atividade. Toda vez que tiver alguma alteração do meio, o aluno deverá saber desta mudança.
  • Educativos

Os educativos de corrida podem ser feitos também com o colega-guia.
O professor, juntamente com os alunos, pode desenvolver vários tipos de acompanhamentos de como deverá guiar o aluno cego ou de baixa visão. Pode-se guiar com acessórios, tendo uma corda entre as mãos de no máximo 50cm; sem acessórios, pode acompanhá-lo de mãos dadas, segurando a camisa do corredor cego e ou apenas correr ao seu lado com orientações verbais gerais quanto ao ritmo, à direção e outros.
Para que isto aconteça, deve existir uma boa coordenação entre guia e atleta, para que haja uma boaperformance. Muitos exercícios para desenvolver uma boa coordenação devem ser feitos juntos. Alguns exemplos:
  • Atleta e guia, estando em uma posição parada, realizam o balanço dos braços (posição de corrida); simultaneamente iniciar de mãos dadas, depois com uma corda como já foi descrito.
  • Atleta e guia realizam uma corrida estacionária para desenvolver os movimentos simultâneos.
Observação: o professor deve sempre orientar o aluno-guia antes que ele ajude o colega, orientando-o para não puxar ou empurrar o atleta cego, devendo sempre estar ao lado ou um pouco mais atrás.
  • Nos educativos de corrida e coordenação geral, o professor deve ficar aproximadamente a uma distância de 20/30 metros longe do aluno e dar orientações sonoras para que ele venha em sua direção, seguindo a voz ou palmas, fazendo o exercício que foi pedido.
  • Quando estiver em uma quadra de esportes, o professor deve ficar no meio desta e o aluno na parte central; na pista de atletismo, o aluno deve ficar entre as raias de n.º 3 e n.º 4 e o professor nas mesmas raias na distância de 20/30 metros.
Exemplos de atividades:
  • Iniciar com os movimentos (balanço) dos braços em um ângulo de 90 graus, estando o aluno em uma posição parada com um pé ligeiramente em frente.
  • O aluno, na posição parada, deve elevar apenas o joelho de uma das pernas em um ângulo de 90 graus e repetir na outra perna.
  • O mesmo exercício anterior, deve elevar alternadamente os joelhos sem sair do lugar como se estivesse marchando sem movimentos dos braços.
  • O mesmo exercício acima com os movimentos dos braços.
  • Corrida estacionária contra uma parede.
  • Corrida lateral.
  • Corrida para frente e para trás.
  • Corrida puxando um companheiro, com uma corda ou um elástico.
  • Subida e descida em um plinto baixo ou escada, com tempo a ser estipulado pelo professor e ritmo de acordo com o desenvolvimento do aluno.
  • Corrida estacionária na cama elástica, sozinho ou com um colega segurando suas mãos.
  • Usar uma corda, ao longo de uma linha reta de 20 metros, presa a um poste em cada extremidade, que irá possibilitar a orientação e a direção da corrida do aluno cego.

As atividades desenvolvidas podem ser todas encontrados nos livros de atletismo, mas devem sofrer as adaptações que sejam necessárias para sua realização. Estas deverão ser táteis ou sonoras, quando usadas pelas pessoas cegas, e visuais com adaptações de cores em alto contraste, além de estímulos sonoros e táteis, para pessoas com baixa visão.
Técnicas básicas de corridas:
  • Colocação dos pés.
  • Movimentos das pernas.
  • Colocação das pernas.
  • Colocação da cabeça e do tronco.
  • Ritmo da corrida.
  • Respiração durante a corrida.



Exercícios básicos: 
  • Passo do gigante: caminhar com passadas largas.
  • Caminhar nas pontas dos pés.Andar o mais rápido possível.
  • Caminhar com elevação dos joelhos.
  • Saltos em deslocamento alternados dos pés.
  • Correr de frente e de costas.
  • Correr em círculo.
  • Correr em oito.
  • Correr para os lados, cruzando os pés pela frente e por trás.
  • Correr em forma de S.
  • Correr com elevação dos joelhos.




Velocidade:

Conceito: É a capacidade de o homem se deslocar rapidamente de um ponto ao outro.
As capacidades físicas básicas que devem ser priorizadas para as provas de velocidade:
  • Velocidade.
  • Força.
  • Resistência anaeróbica.
  • Agilidade.
  • Descontração.

Erros no trabalho da corrida de velocidade:
CausasEfeitoCorreção
Pé todo no chão.Aumenta o atrito com o solo.Andar na ponta dos pés.
Faz o apoio anterior atrás da linha vertical do joelho.O aproveitamento da impulsão é reduzido pelo não posicionamento articular.Coordenação de corrida com o apoio dos pés um pouco a frente dos joelhos.
Pouca extensão da perna de apoio.Correr sentado.Realizar duplos saltos.
Correr com os pés para fora ou para dentro.Perda de aplicação de força e o aproveitamento da reação não é ideal.Saltitos para fortalecimento local. Correção em cima de uma linha reta.
Correr com a cabeça para trás.Falta de força muscular anterior.Exercícios de musculação.

Corridas de meio-fundo e fundo

As capacidades físicas básicas que devem ser priorizadas para as provas de meio-fundo e fundo:

  • Resistência aeróbica e resistência anaeróbica.
  • Força
  • Velocidade.
  • Descontração



Fonte da postagem -   http://www.informacao.srv.br/cpb/htmls/paginas/atletismo/  


II) Provas de Salto



1)Salto em Distância




A fase de corrida nos saltos deve passar pelo mesmo processo pedagógico das corridas e arremessos (orientação espacial e dinâmica de deslocamento). O problema fica complexo no treinamento para a chamada (passo que antecede o salto), enquanto na fase aérea do salto o problema é minimizado, pois a questão da orientação espacial não influi mais, já que não se pode mudar o sentido do deslocamento.
A chamada é um elemento de precisão que depende de refinamento técnico gerado pela repetição exaustiva. A distância para a chamada deve ser treinada e estabelecida nos treinos. Apesar de a área de impulsão no salto em distância e no triplo, para o B1 e B2, ser de 1m x 1,22m, o aluno precisa ter o referencial espacial muito bem estabelecido, já que o atleta tem de correr na direção certa e ainda acertar a distância da tábua. Independente da ajuda de um chamador, esta ação é de muita complexidade em sua execução.
Para o salto em distância, o chamador deverá posicionar-se ao lado da área de impulsão e bater palmas para indicar a direção da corrida. Quando o atleta se aproximar, ele deverá dar sinal que faltam um ou dois passos para o salto. Pode-se usar um outro chamador atrás da caixa de areia dando as coordenadas de direção e o que fica ao lado da área de impulsão só indicará o momento do salto. Esta técnica com dois chamadores é muito útil no salto triplo, em que o atleta durante os três saltos tende a perder um pouco do senso de direção.



As capacidades físicas básicas que devem ser priorizadas para as provas de saltos:


  • Velocidade e força.
  • Agilidade.
  • Resistência anaeróbica.
  • Descontração.




A didática do salto em distância para deficientes visuais:


  • O aluno deve receber orientações e informações quanto ao local a ser utilizado, explorando o ambiente e criando um mapa mental de onde será feita a atividade.
  • O salto com orientação sonora. Utiliza-se um ou dois guias para esta função.
  • Orientar o aluno quanto ao alinhamento e à direção da corrida para o salto; em seguida, o técnico que está na área de impulsão orienta o aluno na corrida e na impulsão, pelo uso da voz ou palmas.




Regras básicas:


  • Corredor de saltos.
  • Tábua de impulsão e/ou área de impulsão.
  • Área de queda.




Fases do salto:


  • Corrida de balanço ou aproximação.
  • Chamada ou impulso.
  • Suspensão ou vôo (Extensão. Passada no ar. Tesoura. Arco.)
  • Queda.

 

Técnica inicial:

Aprendizado da corrida com chamada e números de passadas, educativos de saltos e exercícios de aprendizagem da figura do salto
Exemplos:
Salto parado com ambas as pernas: o aluno fica na borda da caixa de salto em distância com as pernas separadas lateralmente, realiza uma pequena flexão de pernas e salta para frente caindo na caixa de areia com pequena flexão de pernas.
Salto parado com impulsão na perna esquerda e queda na caixa de areia com ambas as pernas.
Salto com uma passada com impulsão na perna esquerda. O professor pode acompanhar o aluno dando orientação verbal ou também acompanhá-lo de mãos dadas.
O mesmo salto acima com duas passadas até cinco passadas caminhando. Quando o aluno estiver com confiança e bom direcionamento, pode fazer as passadas correndo com intensidade média até conseguir correr bem direcionado em sua corrida máxima.
Trabalho com ritmo de passadas, exemplo corrida crescente.
O atleta, no gramado ou na pista de atletismo, corre uma distância pré-determinada pelo técnico e simula a entrada do salto.
Fica a critério do atleta e do professor a melhor maneira de realizar o salto com número fixo de passadas ou com o professor (técnico) fazendo a chamada na área de impulsão, avisando o momento em que ele deve realizar o salto.



Exemplos de atividades para o final do salto.


  • O aluno, no final do salto, transporta o corpo para frente com a queda do corpo sobre os calcanhares.
  • O aluno fica em cima de um plinto e salta para um colchão procurando cair na posição sentado (final do salto).
  • O aluno, com uma passada, dá impulso em cima de um plinto baixo e salta para um colchão (como no exemplo acima).


 

2) Salto Triplo

O salto triplo para deficientes visuais segue o mesmo princípio do salto em distância em relação aos guias, mas o ideal são dois: um deve fica na área de impulsão e outro para orientação da seqüência dos saltos.
Fases do salto triplo:

  • Corrida de aceleração.
  • Hop.
  • Step.
  • Jump.
  • Queda.
A didática do salto triplo para deficientes visuais:

Aprendizado da corrida com chamada e número de passadas.
  • Educativos de saltos.
  • Exercícios de aprendizagem da figura do salto.
Corrida de aceleração:
  • A distância da corrida de aceleração varia entre 10 passadas, para iniciantes, e 20 passadas para atletas de alto nível.
  • Deve-se aumentar a velocidade progressivamente até a impulsão.
Hop:
O pé de impulso deve ser rápido (realizar sempre movimento de tração não de pistão).
Step:
Durante o step, o atleta mantém uma posição semelhante a do final de impulso, preparando para o jump, extensão da perna livre para a frente, para baixo e para trás.
Manter o tronco na posição vertical.
Jump:
Pode ser efetuado com a técnica do salto em distância (qualquer das técnicas do salto em distância).
Metodologia:
  • Trabalhar somente a primeira parte do salto, caindo na areia (com 1, 2, 3, 4, 5 passadas).
  • Trabalhar somente o segundo salto, caindo na areia (com 1, 2, 3, 4, 5 passadas).
Educativos da parte fina:l do salto triplo
  • Pés juntos, saltar para a caixa de areia.
  • Com uma passada, saltar projetando o joelho da perna livre para frente e cair com os pés juntos (obs.: com 2, 3, 4, 5 passadas).
  • Trabalhar os dois últimos saltos (obs.: manter o joelho livre na frente e no salto final rodar os braços).
  • Aprendizado da corrida com chamada e números de passadas.
  • Educativos de saltos.
  • Exercícios de aprendizagem da figura do salto.
A técnica do salto triplo para deficientes visuais:
  • Exercício de salto duplo com a mesma perna.
  • Exercícios de saltos alternados.


III) Salto em altura




Metodologia do salto tesoura e fosbury:


  • Passar o obstáculo em forma de tesoura (obs.: em todos os exercícios, trabalhar os dois lados, utilizando ora a perna esquerda, ora a perna direita).
  • Passar o obstáculo igual salto tesoura.
  • Correndo, subir no colchão (obs.: com cego, subir no colchão com 1, 2, 3, 4, 5 passadas).
  • Transpor sarrafo com corrida de curva em estilo tesoura.
  • Correr em linha reta com elevação dos joelhos.
  • Correr em curva, fazendo um círculo.
  • Correr em curva no pé de impulso, elevar a perna livre e o braço para o alto.
  • Correr em curva e, na chamada, elevar a perna livre e direcioná-la para o centro.
  • Correr em curva e direcionar o olhar na entrada do salto sobre o ombro para a parte de dentro do colchão.
  • Rolamento para trás no colchão.
  • Rolamento para trás com plinto para o colchão.
  • Saltar para trás com os dois pés juntos tendo o elástico como o sarrafo.
  • Saltar lateralmente com os dois pés juntos tendo o elástico como o sarrafo.
  • Saltar lateralmente com o pé de impulsão tendo o elástico como o sarrafo.
  • Saltar lateralmente com uma passada tendo o elástico como o sarrafo.

Metodologia do salto rolo ventral:

  • Transpor um plinto como se estivesse subindo em um cavalo, em seguida simular a posição do salto.
  • Saltar parado lateralmente com o pé de impulsão tendo o elástico como o sarrafo.
  • Saltar lateralmente com uma passada tendo o elástico como o sarrafo, aumentando gradativamente o número de passadas.



3) Regras para Atletas Invisuais


BI,B2, B3) 

1. Regras básicas
1.1 O regulamento actual da IAAF (International Amateur Athletic Federation) será aplicado em todos os casos, excepto nas adições e modificações especificadas abaixo.
1.2 Havendo qualquer dúvida sobre o regulamento da IBSA, prevalecerá a versão em inglês.
2. Aptidão para competição
2.1 Estarão aptas para a competição da IBSA as categorias desportivas definidas como B1, B2 e B3, na secção 3, abaixo.
3. Classificação
B1: De nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até à percepção de luz, mas incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direcção.
B2: Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até à acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual inferior a 5 graus.
B3: Da acuidade visual de 2/60 à acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de 5 graus e menos de 20 graus.
Todas as classificações devem considerar ambos os olhos, com melhor correcção (isto é, todos os atletas que usarem lentes de contacto ou lentes correctivas deverão usá-las para classificação, mesmo que não pretendam usá-las para competir).
4. Modificações nas instalações e equipamentos
4.1 Para a classe B1
Atletas da classe B1 devem utilizar óculos escuros ou um substituto apropriado em todas as provas de pista ao ar livre ou coberta, incluindo os 1500m. Os óculos escuros ou substitutos devem ser aprovados pelo oficial técnico responsável. Os óculos, uma vez aprovados, devem estar disponíveis para verificação a qualquer momento. Quando não estiver a competir, o atleta pode remover os óculos escuros ou substitui-los.
Sinais acústicos são permitidos para atletas desta classe, conforme especificado nestas regras. Entretanto, não é permitida qualquer modificação visual na instalação existente, além de ajustes nas linhas de marcação da partida e da zona de passagem e transmissão, como descrito adiante.
Nas provas de atletas B1, onde são utilizadas informações sonoras (exemplo, salto em comprimento, triplo salto e salto em altura), deve ser exigido silêncio total dos espectadores.
NOTA: Sempre que possível e com a finalidade de garantir silêncio, as provas nas quais a informação sonora utilizada não devem acontecer simultaneamente com outras provas de corrida.
4.2 Para a classe B2
Permite-se modificação visual na instalação existente (por exemplo, com cal, cones, bandeiras, etc.). Sinais acústicos também podem ser utilizados.
4.3 Para a classe B3
O regulamento da IAAF será seguido na íntegra, excepto nas modificações abaixo.
4.4 Atletas cegos-surdos
A IBSA reconhece as necessidades especiais de atletas cegos-surdos encorajando e facilitando a participação dos mesmos em suas competições. Em caso de participação de atletas cegos-surdos numa competição da IBSA, algumas modificações nas regras podem ser necessárias. Tais modificações apenas serão permitidas com aprovação anterior de um oficial responsável da IBSA. A princípio, não será permitida qualquer modificação na regra que coloque em desvantagem outro atleta.
4.5 Em competições principais recomenda-se a utilização de câmaras de vídeo para gravar todas as trocas, nas estafetas.
5. Provas
As provas reconhecidas pelo programa de competição da IBSA são as seguintes:
5.1 Provas de pista
Classe B1Classe B2Classe B3
100 m (M/F)100 m (M/F)100 m (M/F)
200 m (M/F)200 m (M/F)200 m (M/F)
400 m (M/F)400 m (M/F)400 m (M/F)
800 m (M/F)800 m (M/F)800 m (M/F)
1.500 m (M/F)1.500 m (M/F)1.500 m (M/F)
5.000 m (M/F)5.000 m (M/F)5.000 m (M/F)
10.000 m (M/F)10.000 m (M/F)10.000 m (M/F)
Maratona  (M/F)Maratona  (M/F)Maratona  (M/F)
5.1.1 Provas de estafetas
Estafeta 4 x 100 m (M/F)
Estafeta 4 x 400 m (M/F)
5.2 Provas de campo
Classe B1Classe B2Classe B3
Salto em Comprimento (M/F)
Triplo Salto (M/F)
Salto em Altura (M/F)
Lançamento do Disco
Lançamento do Dardo (M/F)
Lançamento do Peso (M/F)
Salto em Comprimento (M/F)
Triplo Salto (M/F)
Salto em Altura (M/F)
Lançamento do Disco (M/F)
Lançamento do Dardo (M/F)
Lançamento do Peso (M/F)
Salto em Comprimento (M/F)
Triplo Salto (M/F)
Salto em Altura (M/F)
Lançamento do Disco (M/F)
Lançamento do Dardo (M/F)
Lançamento do Peso (M/F)

5.2.1 Peso dos implementos
Os pesos dos implementos a serem utilizados nas provas de lançamento serão os seguintes:
DiscoDardoPeso
Masculino2.0 kg800 gr7.26 kg
Feminino1.o Kg600 gr4.o kg
5.3 Provas combinadas
Classe B1Classe B2Classe B3
Pentatlo (M/F)Pentatlo (M/F)Pentatlo (M/F)
O Pentatlo para homens é constituído por cinco provas, que serão realizadas em um dia de competição, na seguinte ordem:
  • Salto em comprimento
  • Lançamento do dardo
  • 100 m
  • Lançamento do disco
  • 1500 m
O Pentatlo para mulheres é constituído por cinco provas, que serão realizadas em um dia de competição, na seguinte ordem:
  • Salto em distância
  • Arremesso de peso
  • 100 m rasos
  • Lançamento de disco
  • 800 m rasos
     
5.3.1 A pontuação será calculada através das tabelas de pontos da IAAF. Para as provas femininas de lançamento do disco e 100 m, a pontuação deve ser calculada usando as tabelas no Apêndice A.
5.4 Competições nas categorias menores
5.4.1 Haverá duas categorias por idade:
A Categoria Júnior incluirá qualquer atleta com idade inferior a 14 anos, completos até o dia 31 de Dezembro, no ano da competição.
A Categoria Intermediária incluirá qualquer atleta com mais de 14 anos e menos de17 anos, completos até o dia 31 de Dezembro, no ano da competição.
As provas reconhecidas para as categorias menores são:
Categoria JúniorCategoria Intermediária
60 m
300 m
600 m

Salto em comprimento

Arremesso de bola (150 gr)
Lançamento do peso (3 kg)
Estafeta (4 x 60 m)
100 m
400 m
800 m
1500 m
Salto em comprimento
Salto em altura
Lançamento do dardo (600 gr)
Lançamento do peso (5 kg masc.; 4 kg fem.)
Estafeta (4 x 200 m)
NOTA: Recomenda-se, para a organização das provas de categorias de menores, que se faça uma selecção prévia das provas que irão ocorrer, tendo em conta as circunstâncias próprias da competição e as necessidades individuais de cada atleta.
5.4.2 Arremesso de bola
Apesar da substituição do dardo pela bola, todas as regras da IAAF, relativas ao lançamento do dardo, serão aplicadas para a condução desta prova. A medição de cada arremesso deve ser feita a partir da marca mais próxima, feita pela queda da bola, em relação ao lançador.
5.5 Provas de pista coberta
As provas indoor, reconhecidas pela IBSA para homens e mulheres, serão as seguintes:
Provas de PistaProvas de Campo
60 m
200 m
400 m
800 m
1500 m
5000 m

Salto em comprimento
Salto em altura
Triplo salto
Arremesso de peso

II. Regras de Competição

6. Acesso à área de competição
6.1 Atletas acompanhantes e/ou guias
6.1.1 Apenas os guias ou atletas acompanhantes para os atletas B1 e B2 terão permissão de acompanhar os competidores até a pista ou área de salto e lançamento. Estas pessoas devem estar claramente identificadas por um colete, de cor laranja, fornecido pelo Comité Organizador. (ver 7.4.8).
6.1.2 Os competidores da classe B1, no salto em comprimento e triplo salto, poderão usar um guia para lhes dar informação acústica durante a corrida de aproximação, e para posicioná-los na pista de corrida.
6.1.3. Os atletas da classe B2 que participarão das provas de salto podem ser acompanhados, à área de competição por apenas uma pessoa, que pode servir como guia. Não será permitida a presença de outras pessoas na área de competição.
6.2 Limites de tempo para as provas de campo
6.2.1 Nas provas de campo onde os atletas necessitem de auxílio de guias, a contagem do tempo válido para a tentativa só será iniciada no momento em que o oficial responsável concluir que o atleta está devidamente orientado.
NOTA: Se o atleta perder a orientação ou solicitar nova orientação, o tempo será parado e apenas reiniciado (com a inclusão de qualquer tempo decorrido já gravado), tão logo a orientação tenha sido completada.

7. Regras para as competições de corrida
7.1. 100 m para a classe B1
7.1.1 Competições Internacionais
A prova de 100 m para a classe B1, nos Campeonatos Mundiais e nos Jogos Paraolímpicos, bem como em outras competições internacionais, deve ser organizada tendo por base o posicionamento inicial de 4 atletas com seus respectivos guias, incluindo todas as séries preliminares, semi-finais e finais (As especificações até a regra 7.2 também são aplicadas para as competições de base).
7.1.2 Outras competições
Para outros níveis de competição, para competições de categorias menores e competições de desenvolvimento em particular, esta prova pode ser organizada, de modo alternativo, através de corridas individuais por tempo. O resultado será determinado pelo ranking dos tempos conquistados.
7.1.3 Provas de 100 m com mais de 6 participantes, realizadas através de corridas individuais por tempo, deverão ser organizadas na forma de fase de classificação e fase final. Os 6 melhores tempos da fase classificatória disputarão a fase final.
7.1.4. A ordem de corrida dos atletas deve ser determinada, na primeira fase, por sorteio. Entretanto, por ocasião da fase final, a ordem dos corredores será modificada com o mais veloz largando em último lugar, o segundo mais veloz em penúltimo lugar e assim sucessivamente.
7.1.5. Em caso de empate no primeiro lugar, os atletas empatados competirão novamente se for viável. Caso isto não seja possível, o resultado de empate permanecerá.
7.1.6. Um velocista da classe B1 na prova de corrida individual por tempo poderá utilizar o auxílio de não mais do que dois guias, um dos quais deve permanecer atrás da linha de chegada. Não há restrição para o posicionamento do outro guia (caso seja necessário), mas este não deverá atravessar a linha de chegada na frente do atleta. É de responsabilidade do guia, assegurar que o atleta esteja correctamente orientado na partida e guiá-lo durante toda a corrida.
7.1.7. O velocista B1 também pode utilizar de um atleta guia em competições baseadas em corridas individuais por tempo.
7.1.8 Uma nova tentativa só poderá ser solicitada quando circunstâncias fora do controle do atleta ou guia (como uma equipe adversária) interferir no desempenho do atleta.
7.2    200 m – 800 m para a classe B1
7.2.1 Atletas da classe B1 correm acompanhados por um guia. Cada corredor terá direito a duas pistas, uma para si e outra para o guia. Essa área constituir-se-á na “pista” de competição, e ambos, corredor e guia, deverão permanecer dentro dela, do início ao final da prova. O atleta poderá optar por correr do lado de fora ou do lado de dentro da pista, em relação ao guia. Fica a cargo equipa decidir sobre o posicionamento; porém essa decisão não afectará a colocação na pista ou na linha de partida.
7.2.2 As linhas de partida, numa partida escalonada, serão as mesmas da IAAF, marcadas pelas pistas 1, 3, 5, 7, etc. Essas linhas devem ser prolongadas transversalmente às pistas da IAAF de número 2, 4, 6, 8, respectivamente, usando-se fita adesiva da mesma cor que as usadas nas marcações da IAAF.

7.3 Classe B2
7.3.1 Os atletas B2 terão direito a duas pistas (para eles e para seus guias) e devem correr dentro das mesmas; nos 800 m devem iniciar a corrida dentro da mesma pista. Quando duas pistas estão destinadas a um atleta B2 e seu guia, as condições da pista, aplicadas nessa classe, encontram-se na regra 7.2.
7.3.2 O atleta da classe B2 pode optar por usar um guia durante qualquer prova de pista. Se essa opção for feita, serão seguidas as regras aplicadas à classe B1.
7.4 Métodos de condução
7.4.1 Sugere-se que os atletas tragam seus próprios guias para a competição. Entretanto, os organizadores providenciarão um guia, desde que a necessidade seja indicada, com antecedência, na ficha de inscrição (juntamente com detalhes específicos do tipo de condução necessário).
7.4.2 Na competição, atleta e guia serão considerados uma equipa.
7.4.3 Assim que o atleta cego cruzar a linha de chegada, o guia deve estar necessariamente atrás dele.
7.4.4 O método de condução é da escolha do atleta. Este pode optar por ser guiado via cotovelo, ou com um cordão, ou ainda correr livre. Além disso, o corredor pode receber orientações verbais do guia.
Bicicletas ou outros meios mecânicos de transporte não podem ser utilizados por guias.
7.4.5 Em nenhum momento o guia pode arrastar o atleta ou impedi-lo a ir adiante com um empurrão. Qualquer infracção nesse sentido conduzirá à desclassificação do atleta.
7.4.6 Utilizando ou não uma corda, como método de condução, o atleta e o guia não deverão estar separados por mais de 0.5 m de distância, em nenhum momento da prova.
NOTA: Quando situações acidentais ou extraordinárias induzirem à violação da condição acima será de inteira responsabilidade do oficial técnico da IBSA decidir a favor ou contra a desclassificação do atleta. Os princípios utilizados para tomar tal decisão incluirão uma consideração sobre algum perigo passado ou desvantagem sofrida por outro competidor, na mesma prova.
7.4.7 Para as corridas de pista em médias e longas distâncias (acima de 400 m) serão permitidos dois guias. Permite-se apenas uma troca de guia para cada corredor. A troca (substituição) deve ocorrer sem prejudicar os demais corredores e deve ser realizada apenas na recta da partida.
A intenção da troca de guias deverá ser notificada antecipadamente ao juiz (fiscal) de pista e ao oficial técnico da IBSA. Os oficiais técnicos determinarão as condições da substituição e comunicá-las-ão, antecipadamente, aos competidores.
7.4.8 Os atletas guias devem vestir um colete cor de laranja, a fim de serem claramente diferenciados dos competidores. Tais coletes serão providenciados pelo Comité Organizador, após consulta e aprovação do oficial técnico da IBSA.
7.5 Blocos de largada
7.5.1 Competidores das classes B1 e B2 nas provas de 100-400 m poderão optar por partir com ou sem bloco, ou ainda partir de pé.
7.6 Prova de maratona
7.6.1. A prova da maratona será realizada com a participação de atletas das classes B1, B2 e B3, ao mesmo tempo.
7.6.2 Na maratona, os organizadores providenciarão números que distingam os participantes entre uma classe e outra (B1, B2 e/ou B3).
7.6.3 Competidores e guias devem receber assistência nos postos de alimentação.
NOTA: Os organizadores devem garantir que os oficiais estejam cientes dos problemas específicos da segurança, relacionados ao fornecimento de bebidas aos atletas cegos e portadores de visão sub-normal e, além disso, devem proporcionar um treino adequado a todos os assistentes envolvidos nesse processo.
7.6.4 A ordem final de chegada será determinada para as três classes.
7.6.5 Competidores das classes B1 e B2 podem optar por uma alternância de até 4 guias, mas a substituição deve ocorrer somente nos quilómetros 10, 20 e 30. Nenhum corredor pode ser acompanhado por mais de um guia ao mesmo tempo. Todos os guias que não estejam a acompanhar os atletas devem, necessariamente, deixar o percurso da prova.
NOTA: É recomendável que os organizadores da prova assegurem a realização desta, na íntegra, e em boas condições de luz natural.
7.7 Corridas de estafetas
7.7.1 As equipas de estafetas deverão ser compostas, no mínimo, por um atleta B1 e um B2. Além disso a equipa não deverá contar com mais do que um corredor B3.
7.7.2 Os atletas não terão de passar um testemunho.
7.7.3 Cada equipe de estafetas deverão ser colocadas em duas pistas.
7.7.4 Serão utilizadas as zonas de transmissão do IAAF. As linhas delimitantes da zona de passagem deverão ser aquelas usadas nas pistas 1, 3, 5 e 7. Será necessário estendê-las (inclusive a linha de partida) para dentro da pista adjacente, no sentido de cumprir o requerido na regra 7.7.3. A extensão da linha de partida e da linha que marca a passagem deve ser feita com fita adesiva da mesma cor que as linhas já existentes.
7.7.5 Estabelece-se uma transmissão bem sucedida quando, o atleta que está a chegar toca o corredor que está a sair, ainda dentro da zona de transmissão. O toque de transmissão pode acontecer entre guias ou atletas, sem restrição; à excepção, no entanto, das condições prescritas na regra 7.4, onde o guia deve estar atrás do atleta no momento da transmissão.
7.7.6 Uma vez que o atleta à espera saia da zona de transmissão, não deverá reingressar à mesma.
7.7.7 Será destinado um juiz por equipa de alternância para cada zona de transmissão.
7.7.8 Deverá ser destinado um guia para cada zona de transmissão, a fim de que auxilie na prova, o posicionamento de qualquer atleta B2 que tentar correr sem acompanhamento. O guia deverá permanecer em uma posição na qual não interfira no andamento da corrida.
7.7.9 A prova de estafeta 4x100 m será realizada, colocando-se cada equipa em duas pistas. As zonas de transmissão serão balizadas pelas pistas 1, 3, 5, 7, etc. (Ver regra 7.2).
7.10 A prova de estafeta 4x400 m será realizada, colocando-se cada equipa em duas pistas para a partida e a primeira volta, sendo a primeira passagem balizada pelas pistas 1, 3, 5, 7, etc.
7.7.11 As linhas de partida e a zona de transmissão deverão ser estendidas nas duas pistas adjacentes, usando-se fita da cor da marcação utilizada pela IAAF.
7.8 Etapas preliminares e finais
7.8.1 Se houver uma quantidade suficiente de inscritos, para todas as categorias e provas de pista, haverá etapas preliminares e finais.
7.8.2 Provas de pista deverão ter os seguintes números máximos de corredores (sem contar os guias):
Classe B1Classe B2Classe B3
100
200
400
800
1500
5000
10000
4#
4
4
4/5*
6
10
10
4
4
4
5*
8
10
10
8
8
8
8
10
20
20
Para provas de corrida individual por tempo, o máximo é 6
*Dependendo de ajustes na largada

7.8.3 As seguintes condições de classificação aplicar-se-ão às etapas preliminares e finais, excepto quando houver consentimento do oficial técnico da IBSA, nomeado para os campeonatos em questão:

100-400 m B1 e 100-400 m B2
5-8 ParticipantesFinal composta por: 1º colocado das duas séries + os 2 perdedores com os melhores tempos da fase anterior.
9-12 ParticipantesSemi-final composta por: 1º e 2º colocados das três séries + os 4 perdedores com os melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º colocado de cada semi-final + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
13-16 ParticipantesSemi-final composta por: 1º colocado das quatro séries + 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º colocado de cada semi-final + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
100-1500 m B3
5-8 ParticipantesFinal composta por: pelo 1º, 2º e 3º colocados das duas séries + os 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
17-24 ParticipantesSemi-final composta por: 1º, 2º, 3º e 4º colocados das três séries + os 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º, 2º e 3º colocados de cada semi-final + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
25-32 ParticipantesSemi-final composta por: 1º, 2º e 3º colocados das quatro séries + 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º, 2º e 3º colocados de cada semi-final + os 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
800 m B1 e B2 (colocando 5 atletas por série)
6-10 ParticipantesFinal composta por: 1º e 2º colocados das duas séries + o perdedor com melhor tempo da fase anterior.
11-15 ParticipantesSemi-final composta por: 1º e 2º colocados das três séries + os 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º e 2º colocados de cada semi-final + o perdedor com melhor tempo da fase anterior.
16-20 ParticipantesSemi-final composta por: 1º e 2º colocados das quatro séries + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º e 2º colocados de cada semi-final + o perdedor com melhor tempo da fase anterior.
1500 m B1 e B2
7-12 ParticipantesFinal composta por: 1º e 2º colocados das duas séries + os 2 perdedores com os melhores tempos da fase anterior.
13-18 ParticipantesSemi-final composta por: 1º, 2º e 3º colocados das três séries + os 3 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º e 2º colocados de cada semi-final + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
5000-10000 m B1 e B2
11-20 ParticipantesFinal composta por: 1º, 2º e 3º colocados das duas séries + os 4 perdedores com os melhores tempos da fase anterior.
21-30 ParticipantesFinal composta por: 1º e 2º colocados das três séries + os 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
5000-10000 m B3
21-40 ParticipantesFinal será composta por: 1º ao 8º colocados das duas séries + os 4 perdedores com os melhores tempos da fase anterior.
7.9 Cronometragem
7.9.1 Em virtude da dificuldade dos atletas das 3 categorias em visualizar os relógios colocados ao lado da pista, os técnicos poderão comunicar, nas corridas de 800m e acima, os tempos aos atletas, sendo essa comunicação feita de fora da pista.
8. Competição de saltos
8.1 Salto em comprimento e triplo
8.1.1 Acompanhantes e/ou guias poderão ser utilizados apenas para atletas das classes B1 e B2. Ver regra 6.1.
8.1.2 Para os atletas B1 e B2, a área de impulsão deverá consistir em um rectângulo de 1 m x 1,22 metro, o qual deve ser preparado (utilizando-se cal, areia luminosa, etc.) de modo que o atleta consiga deixar uma impressão nessa área, com seu pé de impulsão.
NOTA: Por razões de segurança, é recomendada uma distância mínima de 1,75 m, entre o eixo da pista de corrida e as bordas da área de queda. Se esta recomendação não puder ser cumprida, medidas de segurança adicionais poderão ser requisitadas pelo oficial técnico da IBSA, responsável pela prova.
8.1.3 A medição do comprimento do salto, nas classes B1 e B2, será realizada do ponto de queda na caixa de areia até a marca mais próxima, deixada pelo pé de impulsão. Quando um atleta iniciar o salto antes da área de impulsão, a medição deve ser realizada do ponto de queda na caixa de areia até a borda da área de impulsão mais distante da caixa.
8.1.4 Essa área diferenciada de impulsão funciona da mesma maneira que uma tábua de impulsão convencional (ou seja, não é permitido ao atleta saltar com qualquer parte do seu pé para além da borda da área de impulsão, mais próxima da caixa de areia).
NOTA: No salto triplo, as regras exigem que a impulsão e a queda na areia sejam realizadas dentro dos limites definidos pelo regulamento da IAAF, como salientado aqui. Não há nenhuma exigência que as fases intermediárias do salto aconteçam dentro dos limites do corredor de impulsão, contanto que o atleta caia com êxito na área destinada.
8.1.5 As distâncias mínimas entre a área de impulsão ou tábua e a caixa de areia devem ser as seguintes:
Salto em comprimento(B1,B2)1 metro
Salto Triplo(B1)9 metros
Salto Triplo(B2)11 metros
Salto Triplo(B3)11 metros
NOTA. As distâncias exactas da tábua à caixa de areia serão determinadas em cada competição, pela consulta ao oficial técnico da IBSA.
8.1.6 Caso algum atleta de salto em comprimento ou salto triplo requisite confirmação verbal do accionamento da contagem de tempo para sua tentativa, um oficial deverá se designado para fornecer tal informação.
8.2 Salto em altura
8.2.1 O saltador da classe B1 poderá tocar na fasquia a fim de se orientar antes da corrida de aproximação. Se ao fazer isso o atleta derrubar a fasquia, não será considerado como tentativa de salto.
8.2.2 Competidores das classes B1 e B2 poderão ter um guia para fornecer informação acústica. O guia deve posicionar-se num local onde não atrapalhe os oficiais da prova.
8.2.3 Saltadores da classe B2 poderão colocar um auxílio visual na fasquia. No entanto, tal procedimento deve ser aprovado pelo oficial técnico responsável.

9. Regra para competição de lançamentos
9.1 Acompanhantes e/ou guias poderão ser utilizados apenas para atletas das classes B1 e B2. Ver regra 6.1.
9.2 Atletas das classes B1 e B2, quando preparados, devem ser trazidos para o círculo de lançamentos ou pista, por um acompanhante.
9.3 Cabe ao acompanhante e/ou guia orientar o atleta dentro do círculo de lançamento ou na pista, antes de este tentar o lançamento. O acompanhante e/ou guia deverá sair da pista ou do círculo antes de o lançamento ser iniciado.
9.4 Orientação auditiva é permitida para os atletas das classes B1 e B2, antes, durante e após suas tentativas de lançamento.
9.5 Os atletas B1 e B2 poderão ser acompanhados para fora do círculo de lançamentos ou pista, somente após os juízes terem determinado a validade ou não da tentativa.
9.6 Se o juiz da prova determinar que um acompanhante (que está dando orientação auditiva) se encontra posicionado em local inapropriado, deve exigir que o mesmo se desloque desse local.

10. Regras para a competição de pentatlo
10.1 O Pentatlo deve ser realizado em um único dia na seguinte sequência de provas:
Homens:
salto em comprimento, lançamento do dardo, 100 m, lançamento do disco, 1500 m.
Mulheres:
salto em comprimento, lançamento do peso, 100 m, lançamento do disco, 800 m.
Serão utilizadas as tabelas de conversão da IAAF, excepto no caso das provas femininas do lançamento do disco e 100 m, para os quais serão utilizadas as tabelas do Apêndice A.

in http://www.terravista.pt/AguaAlto/4371/regat.htm

fonte da postagem http://deficienciavisual.com.sapo.pt/txt-regras%20atletismo.htm






.

1 comentários:

Unknown disse...

onde consigo comprar está corda, já procurei em vários sites, mas não achei.
Gostaria de correr com meu pai que deficiente visual.
Desde já agradeço!

Whatsapp: 21-9-6444-9730

Postar um comentário

 
Design by ThemeShift | Bloggerized by Lasantha - Free Blogger Templates | Best Web Hosting